sábado, 30 de julho de 2011

Socorro. Eu não aguento mais.

Estou confusa. Eu meio que me acostumei com a tristeza. Eu nem preciso mais pensar nele para ficar triste, quando vejo, apenas estou. Eu não tenho vontade de sorrir, e sinto meus olhos pesados como se estivessem segurando o mundo. Na verdade, estou segurando-o , ou melhor, o que sobrou dele: apenas lágrimas. No final, não há grande diferença, ele é o mundo e tudo o que pode existir para mim. Sinto como se já estivesse me suicidando mesmo sem estar fazendo nada. Procuro a todo instante alguém para desabar, mas qualquer um parece tempo perdido. Ninguém tem me entendido. Quando tento escutar uma musica feliz para me animar me sinto descolada. Eu sinceramente não me sinto bem. Eu vejo as pessoas falando que se a gente quer a gente esquece, e eu cheguei a conclusão que não quero esquecer. Realmente me sinto uma suicida agora. Eu o amo tanto, que eu não quero esquecê-lo mesmo com ele me fazendo sofrer dessa forma. Eu penso em desistir mas, seria tão mais fácil esquecer. Eu digo que vou esquecer, vou esquecer, vou esquecer, mas não! Sinto como se esquecer fosse o mesmo de me esquecer. Tenho medo de quando conseguir esquecer ele voltar. Eu não agüento mais falar sobre isso. "Esquecer, medo, eu amo ele, ninguém me entende, lágrimas, tristeza". Eu não agüento mais. Eu estou pedindo socorro. Socorro! SOCORRO! Eu não agüento mais. Não agüento mais segurar as lágrimas nos momentos mais inesperados. Eu preciso de qualquer ombro amigo para me apoiar, preciso de qualquer ouvido. Eu preciso de alguém. Eu quero morrer, e eu apenas não morro porque eu não quero perder a chance de um dia vê-lo. Geralmente me pego imaginando minha vida daqui para frente, tento me acalmar, mas invento qualquer momento que ele possa estar presente. Eu não agüento mais sonhar, eu quero esquecer, mais quero ainda mais lembrar. Eu apenas preciso tê-lo aqui. Por que as coisas mais simples não podem acontecer? É apenas uma presença! Por que eu posso ter todos do meu lado menos ele? Por que eu preciso logo da pessoa que eu menos posso ter? Eu preciso das respostas. Eu preciso de algo mais que "o amor é assim" ou "não perca sua vida por causa dele". Eu amo ele, eu preciso dele. Por que o amor é tão lindo que chega a ser tão, mas tão cruel? Por que as lágrimas não caem mais? Eu preciso sentir ele! Eu vivo inventando coisas e sinais para tê-lo aqui, mas nada é real. Lágrimas não são seus dedos tocando meu rosto, corujas não estão vigiando-o e não poderei vê-lo com um binóculo. Não. E eu também não agüento mais escrever para o nada! Você, você que está lendo isso. O que está esperando? Eu preciso de alguém para chorar comigo. Eu preciso urgentemente de um abraço, de um silencio com sabor de amor. Eu preciso demais. Por favor, me ajude. Eu não agüento mais, e tenho vontade de apenas escrever isso. Socorro, eu não agüento mais. Eu preciso que essas coisas saiam de mim, preciso me livrar dessa dor, desse amor, dessas lembranças, dessa saudade, desse desespero, desse medo, dessas lágrimas. Preciso me livrar dele. Preciso viver. Preciso rir, chorar de rir. Preciso de amigos novos ou quem sabe mais dos velhos. Mas eu estou precisando de amigos. Preciso de mais ouvidos e menos bocas. Preciso de mais sorrisos e menos lágrimas, mais amores e menos decepções, menos corações. Alguém me acuda, me salve. Eu estou morrendo aos poucos e isso não é um drama. Não é um drama. O sentimento apenas veio. Ele apenas invadiu, invadiu de uma forma que conseguiu falar. Ele conseguiu escrever.

Socorro. Eu não agüento mais.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Palavras sufocadas.

Tenho vontade de dizer que tudo dará certo. Hoje. Tenho esperado por um telefonema há dias. Algum recado. Uma campainha, quem sabe. Por sinal, tenho achado meus textos bastante repetitivos. Eles sempre estão esperando por você. Na verdade, esta falta é tão bem escondida. Todos sabem que sofro, que choro, que estou mal, mas ninguém quer saber o porquê, acho que é o medo da resposta. Até eu tenho medo da minha resposta. Tenho medo das lágrimas caírem sem parar, tenho medo de não conseguir parar de falar. "Eu sinto muita falta dele, eu o amo. Amo mesmo. De verdade. Muito mesmo. É sério. Eu faria tudo para tê-lo de volta." De que importa? Algum tempo depois as pessoas esquecerão de todo o meu drama e não mudará nada. Acho que é por isso que repito tantas vezes aqui. Não há mais onde, nem com quem repetir. Eu sinto muita falta dele, eu o amo. Amo mesmo. De verdade. Muito mesmo. É sério. Eu faria tudo para tê-lo de volta. E há muito mais. Me perdoem por não conseguir escrevê-las. Talvez antes seja necessário que alguém note. Há muito mais, e eu estou me sentindo sufocada. Eu preciso de ajuda.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Assim como flores.

Desde sempre andei por essa rua todo dia 5 do mês. Tradição de meu pai. Andávamos, olhávamos a vista e conversávamos sobre qualquer coisa que ele considerasse agradável. Agora ele já não está aqui, tenho de caminhar sozinho. No começo foi difícil, mas depois, eu simplesmente me acostumei. Quando passo na frente do cemitério sinto a presença dele. É bom. Um dia resolvi entrar e olhar onde ele estava. Lá, me deparei com uma menina ruiva de olhos claros, marejados. Ela observava um pequeno jardim com flores que havia dentro do cemitério. Sorriu a me ver. “Eu que as planto.” Ela disse orgulhosamente, embora tímida. “São lindas.” Era bom fazê-la feliz. Afinal, não é qualquer um que sai de casa no inverno para plantar flores em um cemitério. Mas me parecia que o frio não lhe incomodava. Talvez ela já tenha se acostumado, pensei. Quem sabe seu interior já fosse demasiado frio. Um pouco a mais de frio aqui fora não faria diferença. Seus olhos claros pareciam ter congelado em mim, ela me olhava como se estivesse esperando eu perguntar. Por que você as planta? Eu tinha um estranho medo da resposta, mas perguntei. “Faço isso desde o que meu amor se foi. Ele foi enterrado aqui. Todos dizem que eu devia esquecê-lo, mas eu sei que não. Embora eu saiba que ele se foi para sempre, eu tenho esperança... Ele me dizia nas primaveras que flores eram esperanças, porque quando morrem deixam alegria no ar. E ele é como as flores. Embora tenha ido, ele deixou alegria para mim, ele é a minha esperança. Desde então as planto aqui... Pois embora elas morram, deixam esperança de que um dia ele voltará, porque a esperança é a ultima que morre. Ele será o ultimo que morrerá para mim.” Quando ela terminou, uma lágrima caía de seus olhos. “Meu pai também está aqui.” Eu disse. Ela deu um leve sorriso e disse: “Se você quiser, deixo algumas flores em cima de seu caixão.” Eu ri. Geralmente me diziam que para ser solidário você deve ter amor. Ela me mostrou que devemos apenas ter esperança.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Vai ficar tudo bem.


Muitas vezes falo em desistir. As vezes parece a única saída. Na verdade, as vezes é. Mas queria pedir-lhes que não desistam. Eu sei que as vezes parece difícil, que as vezes cansa, que dói. Mas embora pareça difícil, sempre há uma saída. Uma hora acaba, não? Há de acabar. Nós sempre procuramos uma saída mas eu acho que as vezes não devemos ir. As vezes devemos ficar e enfrentar as coisas. Eu peço à vocês que fiquem, que esperem. As coisas vão passar, vai ficar tudo bem. E eu sei que isso parece um pouco sem sentido, mas as vezes é preciso dizer. Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. Tem de ficar. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"Eu vou esquecê-lo."

Dizem para eu te esquecer. Geralmente digo sim. "Eu vou esquecê-lo." Quem me dera fosse fácil, num piscar de olhos. Na verdade, se eu piscar acabo por fechar meus olhos por um bom tempo te vendo. É difícil te esquecer, já que tudo me leva a ti. Vejo você no jardim florido ou nas folhas secas. Te ouço nas músicas ou no silencio. Te sinto em cada sorriso, em cada lágrima. Em cada acordar, sinto você a sussurrar. "Quem sabe hoje, quem sabe hoje." Quem sabe hoje. Quem sabe amanhã. Quem sabe? Ninguém sabe. Basta esperar. Esperar o amor bater na porta ou subir pela janela.

Tenho um enorme medo de, se te esquecer, me esquecer. Vejo você em tudo, te ouço e te sinto. Afinal, você é tudo! E o que seria de mim sem o chão, ou talvez sem o sol? Queria que você também não fosse nada sem mim. Queria tanto (tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto) poder terminar dizendo que tudo valeu a pena. Que tudo deu certo. Queria tanto poder dizer que tive um final feliz. Mas não posso. Não posso te ter, não posso te esquecer. Eu já não mando em nada aqui.

I thought that we'd make it
Because you said that we'd make it through
And when all security fails
Will you be there to help me through?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Corte este silencio.

A noite estava silenciosa. Não se ouvia carros nas ruas nem risos encantados. A noite estava triste. Estava silenciosamente triste. Não haviam suspiros de amor. Não haviam musicas de amor. Não haviam casais olhando a lua a se amar. Não havia amor. Me recusava em olhar as estrelas, pois tenho um enorme medo de achar meus sonhos e eles voltarem a mim. De que adianta os sonhos voltarem se você não vai estar aqui? De que adianta o amor se não será recíproco? A verdade é que tudo tem perdido o sentido sem você aqui. O amor tem sido a única coisa em que eu me interesso e o que fazer quando ele não está aqui? Não há interesses. Há apenas um silencio que parece não ter fim. Uma lua cheia e alguns sonhos mortos no céu. Há eu. Há um coração que eu não sei se bate, mas não o ouço. Há algumas lagrimas e há você você em meu pensamento. Quem sabe eu consiga ouvir sua voz! Venha aqui, corte este silencio.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cemitério de Sonhos Mortos

É verdade que eu estou na escuridão. Também é verdade que eu não ligo para isso. Mas sempre nos dizem para ver pelo lado bom, e lá fui eu em mais uma tentativa perdida de ser feliz. E sorri.
O Sol não está aqui. É, realmente, o Sol não está aqui. Mas nesse momento percebi: na escuridão da noite, naqueles dias não há suspiros nem declarações de amor pelos cantos, olhamos pela janela. Eu vi as estrelas.
É verdade que as estrelas não dão luz o suficiente, mas eu também não tenho visto tudo o que devia ver. E nem quero. Ou quero. O que importa é que me vi com as estrelas, e eu não sei o que elas significam. Ainda não dei um papel à elas. Mas elas estão comigo. As estrelas estão brilhando, ali, para mim. Para mim e para todos que tiveram seus sonhos mortos. E talvez seja isso mesmo: as estrelas sejam os sonhos que deixei morrer.
Aqui estou eu, no Cemitério de Sonhos Mortos, mais conhecido como céu estrelado.

Me sinto naqueles dias em que o sol nunca sai.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu sol.

Incontáveis os dias que quis desaparecer. Ou os dias que eu quis que você aparecesse. Eu pedi, pedi, pedi. Eu quis desistir, e de alguma forma, foi isso que eu fiz. Quantas vezes eu tentei nomear este sentimento, sendo que ele não tem nome? Dúvida, tristeza, espera, saudade, desilusão, amor. Quantas vezes os sorrisos fugiram de minha boca, o brilho escapou de meus olhos. A magia sumiu de meu coração. Mas dizem que quando o céu está mais escuro é porque o sol vai sair. E talvez realmente esteja saindo! Eu ainda tenho um pouco de medo de criar grandes expectativas, mas é um pouco impossível. Eu pensei tanto no que diria quando te encontrasse e agora estou literalmente sem palavras em minha boca. Sinto como se eu estivesse sentada no fundo do túnel esperando você me buscar e me guiar até o final. E eu te sinto. Sinto sua presença mais perto, sinto mais amor. E é exatamente isso que você é para mim. Amor. Meu amor. E também tenho medo de, quando finalmente te ter, te perder. De perceber que você não é quem eu pensei, de acontecer o que sempre vejo acontecer com todo mundo. Tenho um enorme medo de não dar certo. Mas com medo ou sem medo, estou aqui esperando-te. Amando-te e sonhando no momento que te encontrarei.


Seja o sol surgindo no meio da escuridão, por favor.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Descobri algo novo."

Me desculpem, tenho estado nessa crise e não consigo escrever. Parece que algo mudou. Talvez eu já tenha usado todas as palavras, mas para mim, parece que ainda faltam textos. Talvez eu não esteja encontrando mais a palavra certa. Saudade eu sei que não é. É mais que saudade, pois este sentimento ultrapassou as expressões. Eu não consigo mais dizer o que sinto. Não é tristeza, não é medo. Nem amor. Descobri algo novo. Eu continuo sentindo a mesma dor, mas isso não é novidade. Não é cansaço. Então, me expliquem o que sinto. Ou talvez, não. Alguns sentimentos nunca são entendidos, e às vezes não é preciso entendê-los. Apenas vim dizer-lhes que estou me sentindo confusa. E que embora muitas palavras queiram sair, eu não estou conseguindo colocá-las em seus devidos lugares para formar um texto. Me perdoem. Eu espero voltar logo. Espero voltar amanhã. E também espero que ele volte logo, para essa confusão toda passar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Estou doente.

Hoje vim aqui para declarar-lhes algo. Estou doente. Não sou médica, nem algo do gênero, mas acho que às vezes, quando estamos doentes, é por falta de algo. Sei lá, falta de vitaminas. Não sei. Mas hoje venho lhes afirmar que estou doente por falta. Afinal, saudade também é falta. Estou sentindo falta do meu amor, falta de amor. Falta de sorrisos e de sonhos. Sinto saudade. Saudade de olhos para a Lua e agradecer, não pedir. E talvez por isso eu tenha tanta vontade de ficar na cama, de descansar mesmo sem ter meu corpo cansado. Falta em excesso. E agora basta procurar remédios, procurar você. Procurar por mais amor, para, assim, encontrar novos sorrisos e sonhos.

Só espero que essa doença não mate. É, espero que não.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Confissões da boba que não consegue esquecer.

Querido, se lembra daquele caderno que tínhamos para escrever diariamente o nosso amor? Então. Dizem que eu mudei, e realmente, acho que sim. Eu piquei-o. Eu joguei-o na fogueira e suas cinzas foram parar no lago. É, acho que mudei. Mas tudo bem, eu sei que você não ficará magoado. Na verdade, eu acho que acabar com os nossos recados de amor não foi nada perto do que você fez. Eu acho muito mais inofensivo jogar fora cadernos do que lembranças. E por um lado posso te afirmar que não mudei: eu continuo a mesma boba que não consegue esquecer. E eu continuo chorando. Mas então, afinal, o que mudou? Talvez alguns centímetros a mais, talvez um sorriso um pouco mais falso, talvez um olhar um pouco mais triste. A verdade é que me sinto grande, e ao mesmo tempo pequena. Me sinto tão grande de amor, me sinto tão dolorida de amor. Mas, eu me sinto tão pequena por não conseguir te achar, por não conseguir te jogar finalmente fora. É, acho que mudei. E não pedirei desculpas. Pois você foi o culpado. Se nossos recados pegaram fogo, você foi o culpado. Mas espere aí: como você pode ser o culpado, se nem sequer está aqui?

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