quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Desperta

Inspiro amor
Vejo além
Quero te mostrar,
meu bem

Abre uma flor
Desperta
Percebe o mundo
Encontra um olhar

Sinto
E vou profundo
Até chegar em ti
Aprofunda-te!

O equilíbrio entre
Ser e não ser
Unificar 
Tornar-se tudo

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Atos de criação no tempo

            Já se sabe que para entender o mundo temos que entender a nós mesmos. Quem é esse ser que observa, que pergunta, que busca uma resposta? Quem é esse ser que se reflete na matéria e cria a realidade?
           O mundo que vemos se cria com o nosso olhar. Me pergunto se o que vejo é tão belo assim ou não, ou se a beleza fui eu que criei e, portanto, ela está em mim. Se só posso entender o mundo a partir de mim mesma, talvez eu deva me perguntar: quem sou?
           E aí começa um mergulho profundo... Achava que era um tanto de coisas que aprendi por aí, pensamentos e sentimentos que ao longo do dia aparecem em minha mente, quem sabe os sonhos que tenho durante a noite. De repente descubro que sou o mundo e além deste, os universos e as estrelas que nunca consegui contar. Será que eu preciso ver para existir? Ou existe algo em mim que sabe, que espera, com calma, eu dar atenção, e então me identificar como um só?
           Até onde posso descobrir? Ou melhor, até onde posso criar? Preciso andar por aí para saber ou será que está tudo aqui neste lugar?
           E tem fim esse mundo? Ou será que o fim é em mim? Tudo isso é tão profundo. Tão profundo quanto quem sou, ou o que procuro, ou o que encontro. Ou não será tudo a mesma coisa?
           E o outro? Até onde ele vê o mesmo que eu? As vezes penso que ninguém vê o que eu vejo... Mas as vezes vejo alguém e ele me mostra tudo...

           Talvez seja por isso que as vezes tudo perde o sentido. Já dizia Cecília Meireles que a vida só é possível reinventada. Talvez a realidade esteja na forma de olhar.
           Talvez nessas páginas você veja várias coisas... Na verdade só você pode dizer o que vai ver. Tomara que se identifique, e sinta que isso está dentro de você.

           A realidade é tão sutil quanto o teu olhar.

Introdução ao meu TCC - Sincronicidade

sábado, 7 de novembro de 2015

A espera

Espero por dias azuis
E breves
E leves
Como as flores da primavera
Que apesar da espera
Têm em si o sentido
Do florescer

Espero sem cessar
Sem contar o tempo
Como quem não espera nada
Espero a hora que não foi marcada
Talvez planejada por alguma força
Ou ordem do universo
A hora em que tu me vês e eu me despeço

A espera que têm sentido em si mesma
A espera da espera carrega em si a beleza
Da inércia dos dias e das poesias
O que parece o fim, espera o início
E o que existe em mim, espero que não esqueças

E enquanto procuro
Vejo o mundo girando
Num eterno encontro
Entre a espera e o infinito
Por ser eterno, é bonito
Mas por haver amor, as vezes é triste

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Papel em branco

Pensando nas trinta linhas que tenho de escrever, me sinto sozinha. Oh, alguém me dê inspiração!... Acho que vou comer um pão. Enquanto não sei o que escrever, rimo minha solidão.
Não quero que o texto fique azedo, mas e se eu falar sobre limão? Eu espremo, faço um suco, mas qual será minha conclusão? Não, não dá... Preciso de algo para adoçar essa inspiração.
Gosto mesmo é de fazer poesia com o que vem do coração. Mas não cabe aqui, nas trinta linhas dessa redação. Daí vou tentando achar palavras bonitas, pensando na vida, sentindo o momento. Sentindo o que vem com o presente. Pois de que valem palavras em vão?
Mergulho profundo, e encontro tantos mundos... Há tanto o que sentir! Só não tenho ainda tantas palavras para exprimir tamanha imensidão e sutileza. E o papel já não é mais branco, mas reflexo do universo que movimento minha cabeça.

Texto para a aula de Redação - "Deu branco, o que fazer?"